quarta-feira, 29 de junho de 2011

Docente visita mobilização

A profª Fernanda Flávia Cockell Silva visitou na manhã dessa terça-feira (28/06), a mobilização permanente que estava reunida na Unidade III (Ana Costa, 178) e expressou sua solidariedade para com as pautas de reivindicação da categoria.

A professora salientou que o movimento ressalta a grande importância da categoria em todas as atividades do campus, que muitas vezes passa despercebida, sobretudo na preceptoria de estágios, que é uma das suas áreas de atuação como docente. Disse também estar sensível à pauta que trata do assédio moral, pois como estudiosa da saúde do trabalhador, conhece os malefícios dessa prática.

A categoria reunida agradeceu a visita da profª Fernanda que se dispôs a colaborar no que fosse necessário nos estudos dos encaminhamentos das pautas.

Um comentário:

  1. Estou à disposição do grupo.
    O trabalho pode ser fonte de prazer e de sofrimento. Torna-se penoso, quando as margens de regulação são reduzidas e as cargas de trabalho (físicas, cognitivas e psíquicas) intensificadas.
    Nas contradições existentes no trabalho, dicotômicas e, por vezes, confluentes (prazer x sofrimento / reconhecimento x invisibilidade / engajamento x desinteresse, etc) pode-se encontrar os determinantes do processo de adoecimento.
    Não se esqueçam! Historicamente, os sindicatos voltaram sua luta para a empregabilidade e acordos salariais, deixando um "vazio" nas questões sobre a saúde dos trabalhadores. Por isso, ao mesmo tempo em que devemos lutar por condições salariais, precisamos voltar nossa luta também para as condições de trabalho e suas relações.
    Atualmente, os trabalhadores vivenciam as “patologias da solidão” (Síndrome do Pânico, Depressão, Fibromialgia, DORTs). A competição do grupo e as formas de avaliação individualizada do desempenho desestruturam as estratégias coletivas, reduzindo a solidariedade, transformando a dor de cada uma em uma dor só, pois os trabalhadores deixam de ter no grupo o apoio necessário para lidar com questões como assédio moral, desvio de função, metas contínuas, etc.
    Por isso, há somente um caminho na construção da saúde dos trabalhadores. É preciso coletivamente dar voz ao sofrimento vivenciado, não se calando as injustiças e não banalizando como se tudo “fosse normal” ou mesmo sem qualquer outra opção a não aceitar o discurso atual de flexibilidade e de empregabilidade como verdadeiro e único.
    Fernanda Cockell
    Lembrem-se sempre “Ser contra um movimento é ainda fazer parte dele”.
    Pablo Picasso

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